Resenha | Eu sou Malala - Malala Yousafzai

Olá, meus amores leitores!!
Hoje é dia de resenha no blog e vamos abordar um tema incrível que vocês, se já não conhecem, precisam se render à leitura: a luta da jovem Malala!


O livro escolhido dessa semana foi o Eu sou Malala, uma menina paquistanesa que decidiu lutar pelo direito de toda menina, em sua cultura, poder estudar. No momento atual, chamado de pós-modernidade, o direito à educação é defendido e alcançado por quase todas as mulheres, exceto por aquelas nascidas no oriente médio, as quais estão à margem dessa cultura escolar já tão difundida e consolidada nos países ocidentais. No Oriente Médio, o ensino é voltado para a continuidade da educação religiosa muçulmana, tendo como foco educacional os aspectos culturais locais e não os aspectos globais da educação ocidental.
Esta jovem ficou conhecida mundialmente pela luta dos direitos das mulheres em seu país, o Paquistão, no que se refere à educação. Em defesa da escolaridade para as mulheres, Malala Yousafzai foi violentada e obrigada a abandonar seu país, deixando para trás sua identidade. O que fez Malala enxergar o mundo com olhos de igualdade foi a estrutura familiar em que ela estava inserida, com um pai professor que via as mulheres de forma diferente da maioria de seus semelhantes homens, que acreditavam que lugar de mulher é dentro de casa ou debaixo de burcas. A sociedade em que Malala cresceu tem como base religiosa o Islã, em que as mulheres têm uma função social bastante delimitada e limitada, mas nossa função aqui como blog não é julgar religião e sim falar dessa garota que desde muito nova já palestrava e falava ao mundo sobre as mulheres muçulmanas.
O livro conta como essa manifestação teve repercussão internacional, culminando no exílio da jovem para que ela não fosse morta pelo movimento nacionalista islâmico que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, o Talibã, atualmente considerado um movimento terrorista. A jovem Malala Yousafzai pode ser considerada uma precursora na mudança da identidade feminina oriental, sobretudo quando se fala de educação.

Leitura que rendeu muitas marcações!!

Já nas primeiras páginas do livro, Malala descreve como foi o atentado contra sua vida, planejado e executado pelo Talibã, que a fez sair do seu amado vale do Swat para buscar segurança no exílio. A partir daí ela nos mostra com detalhes o que foi o governo Talibã, sua influência na sociedade paquistanesa e também aborda os resultados do Onde de Setembro em sua comunidade.
Quando Malala se vê obrigada a negar tudo aquilo em que verdadeiramente acreditava para seguir os preceitos de seu país, ela submerge em um dilema identitário que muda tudo a respeito do que reconhece em si mesma. Nesse sentido, paramos para analisar as questões culturais que nos forçam, muitas vezes, a seguir padrões, inclusive religiosos, e que extirpam nossas raízes maternas e, com elas, a nossa identidade.
A relevância desta leitura consiste em entender a mudança de identidade das mulheres em um meio social culturalmente congelado, em que elas não são respeitadas e incluídas como parte do todo, mas colocadas à margem da sociedade em função de seu gênero. A representação da muçulmana Malala Yousafzai como influência na luta pela educação da mulher do Oriente Médio e a liberdade ao acesso à educação nos faz dar ainda mais valor ao fato de que nós, em nossa cultura teoricamente laica, podemos ler o que quisermos, falar sobre o que quisermos, vestir o que quisermos e, principalmente, ser aquilo que nossos sonhos nos permitirem. 
Eu recomendo a leitura e a reflexão, pois nos coloca em um lugar incomum para encontrarmos o que há de mais valioso no nosso dia a dia: a liberdade!

Até a próxima resenha, meus amigos!
Não se esqueçam de comentar e avaliar essa resenha pra que eu saiba o que voc~es estão achando.
Bezo

Comentários

  1. Suas resenhas prestam um grande serviço a todos nós. Super bem escritas, fazem com que tenhamos uma visão clara e "colorida" sobre tudo o que discursa. Nunca desanime. Persevere sempre com seus objetivos e ideais. Compartilhar é tudo de bom! Parabéns.

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    Respostas
    1. Puxa, que injeção de ânimo! Muito obrigada pelas palavras, minha amiga, fico feliz que esteja lendo e gostando! ❤❤

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