Poesia | 30/04/2008
Vieste... E me falaste de alguém infiel que traíra a tua vida e a quem deras, no entanto, o teu amor. Vieste... E me falaste a linguagem de fel da tua alma ferida, e em teus olhos havia atormentada e presa uma imensa tristeza, um profundo amargor...
Quem te viu como eu vi, a falar a linguagem da suprema amargura, da incurável desilusão, como quem abatido chega ao fim da viagem e encontra um velho sonho de ventura em pedaços no chão? Quem te viu como eu vi, beirando o precipício e quase em desatino sem saber procurar sequer um novo início para o teu destino?
Vieste... E dei-te o abrigo dos meus braços, comovi-me e senti meus olhos baços diante da tua dor. E sem que eu própria saiba como consegui, aos poucos, dia a dia, eu vi que vencias o infiel, o amargurado amor.
Uma tarde em que te olhei chegar, sorrindo e tão pouco chorando, numa emotividade que punha em teu olhar imprevisto esplendor, pensei nesta tarde, enfim, poder desvendar-te meu segredo de felicidade e pedir teu carinho para o meu amor.
Chegaste... Entregaste-me a mão e me disseste entre terna e comovida voz:
“- Ah, minha amiga! Nem tu compreenderás todo o bem que me fizeste agora que afinal posso seguir adiante, sem perigo...”
E assim silenciaste. Era a despedida... Pior do que a despedida: era a separação! Num derradeiro gesto impensado, numa alegria insana, no instante de partir beijaste-me na boca e te foste a sorrir.
Para que? Para que me beijaste na boca? Hoje minh’alma sofre e meu desejo goza a angústia dessa lembrança. Ah, meu amor, o quanto foste louco e impiedoso. O quanto foste tu infiel...
Quem te viu como eu vi, a falar a linguagem da suprema amargura, da incurável desilusão, como quem abatido chega ao fim da viagem e encontra um velho sonho de ventura em pedaços no chão? Quem te viu como eu vi, beirando o precipício e quase em desatino sem saber procurar sequer um novo início para o teu destino?
Vieste... E dei-te o abrigo dos meus braços, comovi-me e senti meus olhos baços diante da tua dor. E sem que eu própria saiba como consegui, aos poucos, dia a dia, eu vi que vencias o infiel, o amargurado amor.
Uma tarde em que te olhei chegar, sorrindo e tão pouco chorando, numa emotividade que punha em teu olhar imprevisto esplendor, pensei nesta tarde, enfim, poder desvendar-te meu segredo de felicidade e pedir teu carinho para o meu amor.
Chegaste... Entregaste-me a mão e me disseste entre terna e comovida voz:
“- Ah, minha amiga! Nem tu compreenderás todo o bem que me fizeste agora que afinal posso seguir adiante, sem perigo...”
E assim silenciaste. Era a despedida... Pior do que a despedida: era a separação! Num derradeiro gesto impensado, numa alegria insana, no instante de partir beijaste-me na boca e te foste a sorrir.
Para que? Para que me beijaste na boca? Hoje minh’alma sofre e meu desejo goza a angústia dessa lembrança. Ah, meu amor, o quanto foste louco e impiedoso. O quanto foste tu infiel...
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