Edificação | Gálatas 5: 1

Gálatas 5: 1
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um julgo de escravidão.”
Quando lemos esse versículo, esse único versículo, não precisamos nem de uma contextualização pra entender o que o apóstolo Paulo quer nos dizer. Nessa vida o que mais temos ao nosso redor são coisas para nos escravizar, atividades e sentimentos que podem nos tornar escravos. Essa prisão pode inclusive ser causada por escolha nossa, por permissão nossa e podemos nos tornar escravos de nós mesmos, criando um círculo de pensamentos e emoções que não se dissipam porque não permitimos.
Existem muitas prisões, mas eu quero hoje conversar sobre as prisões emocionais. Aquelas que são as piores, que nos fazem sentir rendidos pela dor e pelo sofrimento. Aquela prisão que nos prende em nossos próprios pensamentos, que nos faz acreditar em mentiras pra justificar o amor que sentimos pelo outro. Uma prisão que nos faz esquecer de quem somos em busca de ser o que o outro gostaria que fôssemos. São grades que colocamos em nossa boca, em nossos olhos, algemas em nossos braços e cordas ao redor do nosso pescoço. Para a morte espiritual, esse é o primeiro passo.
Relacionamentos que nos fazem sentir vergonha de quem nós somos, pessoas que nos fazem sentir não merecedores de receber amor, precisam ser retirados de nossas vidas. Pessoas que ameaçam nossa autoestima, que nos fazem questionar o nosso respeito próprio, que perturbam nossa paz e nos afastam de Deus, precisam ser afastadas do nosso coração. E isso requer perseverança, oração e uma busca intensa pelo coração de Jesus.
Quando nós usamos a liberdade dada a nós por Cristo na cruz para uso da carne, é como se escolhêssemos nos aprisionar, pois quando focamos no amor de Deus e no que Ele fez por nós, jamais aceitaremos nada menos do que aquilo que merecemos receber como filhos do rei do universo. Quando escolhemos nos afastar do amor de Deus em busca da saciedade de nossas carências e de nossas faltas carnais, abrimos uma enorme porta para que o Espírito Santo de Deus vá pra longe do nosso coração.
Quando decidimos amar alguém, é preciso ter cuidado com os níveis de intensidade que permitimos que o outro chegue sem nos invadir a privacidade e sem nos ocupar mais do que nosso tempo pra nós mesmos. Amar ao próximo como amamos a nós mesmos é uma medida proporcional, não podemos colocar outra pessoa acima de nós. Caminhar com alguém é andar de braço dado, lado a lado, e não um na frente e outro atrás. E isso nos leva ao versículo 13 do mesmo capítulo em Gálatas:
“Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. Toda a Lei se resume num só mandamento: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Mas, se vocês mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem mutuamente.”
Sejamos justos com nosso amor pelo próximo e busquemos também essa justiça para quem se propor a nos dar amor. Valorizarmos a nós mesmos e cuidar assim da nossa saúde mental é proteger nossa alma das feridas do mundo. Que saibamos buscar a Deus e vestir a armadura de Sua proteção.

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