Resenha | Como manter a mente sã - The School Of Life

Olá, meu povo lindo que me lê!
Com estão?

Vamos falar hoje de cuidados com a nossa mente?
Andei lendo um livrinho delícia que se chama Como manter a mente sã e preciso dizer que foi uma massagem mental! Depois de ler Jesus, o maior psicólogo que já existiu eu comecei a fazer terapia, então ando buscando leituras que me ajudem nesse processo de auto análise e esse livrinho super simples me ajudou muito!

Ele tem uma linguagem bem simples e fluida, nos explica com muita clareza a origem de algumas formas de pensamento humano e nos ajuda a visitar em nós esses lugares psicológicos que precisamos enxergar pra tratar. O principal conceito que nos é apresentado é a diferença dos hemisférios do nosso cérebro, que se divide em lado direito (emoção) e lado esquerdo (razão). A autora explica que um lado não existe sem o outro, mas ainda assim as emoções são nosso maior guia na tomada de decisão e no lidar com as situações.
O que a autora também faz é nos mostrar que nossas experiências vividas até os 5 anos são o que define todo o resto da nossa vida emocional, ou seja, se tivermos um trauma grande nessa idade, não tivermos bons laços de confiança ou ainda quebrarmos em alguma idade superior os laços que construímos nesses primeiros anos de nossa jornada, podemos ter grandes dificuldades emocionais no futuro. Ter consciência plena desses nossos primeiros anos de vida podem ser reveladores e também podem nos mostrar o que precisamos melhorar em nós para mantermos relacionamentos mais saudáveis.
A autora divide esse processo de melhora, ou evolucional, em quatro etapas: auto-observação, relação com os outros, estresse e narrativa pessoal.

"Sócrates afirmava que: 'a vida não examinada não vale a pena ser vivida'" (posição 130-131, Kindle)

A auto-observação consiste em uma autoavaliação contínua a respeito do que nós fazemos, como fazemos, por que fazemos e como queremos fazer a partir daquele momento. É como analisar cada sentimento em nós ao longo do dia pra que possamos começar a entendê-los e a modificá-los conscientemente.

"Quando adquirimos prática na auto observação, torna-se menos provável que ajamos a partir de nossos sentimentos ocultos e repitamos padrões de autossabotagem." (posição 160-161, Kindle)

A nossa relação com os outros diz muito a nosso respeito porque é a partir do outro que sabemos quem nós somos. Estar ligado a outras pessoas é uma parte vital do processo de nos mantermos sãos. Não há como vivermos sozinhos, solitários, durante toda nossa vida e sermos saudáveis, pois sermos compreendidos é um anseio de todos nós. O ser humano foi feito para o convívio e quando esse estar com o outro não acontece de forma a nos satisfazer como humanos, é natural que nos sintamos vivendo no caos. Então a autora nos ajuda a perceber alguns procedimentos importantes para esse convívio saudável.

"Filósofos e fazem a pergunta: 'Se uma árvore cair na floresta mas ninguém a ouvir, terá ela, de fato, produzido algum som?' Pergunto-me se o que eles estão questionando não seja: 'Existiríamos se ninguém testemunhasse a nossa existência?'". (posição 619-621, Kindle)


No estresse nós temos duas vertentes: o estresse bom e o estresse ruim. A narrativa nos diz que ter um estresse ruim pode nos trazer prejuízos inclusive à memória, porém o estresse bom pode nos impulsionar e nos ajudar a ir adiante. Por exemplo, o medo profundo de uma prova pode nos fazer ter um "branco" na hora e assim não conseguimos realizá-la. Porém, o estresse causado pelo conhecimento de novas coisas, viagens a lugares que nunca fomos e tudo o que nos estimula, pode nos levar ainda mais pra frente e a buscar a felicidade com mais afinco. Então é importante que evitemos o estresse ruim e busquemos o estresse bom. Essas coisas novas produzem, inclusive, novas conexões cerebrais que nos fazem viver mais e melhor.

"A aprendizagem de novos temas não apenas produz novas conexões em nossos cérebros, como também em nossas vidas" (posição 751-752, Kindle)


Com relação a narrativa pessoal, ela diz que nós somos formados por histórias, desde pequenos ouvimos contos de fadas moralizadores, que já naquela fase nos ajudam a começar a entender como funcionam as relações. Nós ouvimos histórias de nossos pais sobre nosso passado, histórias infantis, contos de fadas, fábulas e assim por diante. Quando crescemos nós tendemos a nos colocar nessas histórias como personagens e é aí que começam os problemas. Que tipo de personagem você seria? A construção dessas histórias, que ficam tão marcadas no nosso inconsciente, nos faz olhar pra nós mesmos através desse prisma, então temos que ter cuidado com aquilo que imaginamos que somos e o que realmente somos.

Esse é um pequeno resumo diante de tudo o que ela faz nessa obra incrível que me levou a olhar pra mim mesma com olhos mais carinhosos. No final do livro ainda encontramos atividades, exercícios, para praticarmos os conceitos trabalhados e é incrível parar pra prestar atenção em como respiramos, pensamos e sentimos.

Recomendo a experiência e até a próxima! <3

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