Cartas que eu precisava escrever | O infinito que há em mim

Hoje, parada bem na tua frente, me questionei o que eu significo pra você. O que será que pensam esses olhos quando olham nos meus. Fiquei pensando nas infinitas possibilidades de mulher que eu poderia ser enquanto você me olhava; todas as mulheres, guerreiras, princesas, fraquezas, indefesas. Será que naquele olhar, naquele momento, eu era alguém de quem você gostava, será que naquele olhar que me despia da pureza, eu merecia ser amada? Fiquei pensando, indagando, imaginando, que mulher era essa que eu via refletida nas tuas pupilas. Que mulher era essa que você olhava com rubor de ódio e rancor? Será que esse ódio foi o que levou tuas mãos a me afastar, me apertar, a me empurrar? Mas você me amava, sempre me lembrava da sorte que eu tinha por ter você. Eu sempre achei que a vida seria infinita, mas hoje essa palavra só me descreve o ódio que eu vi nos teus olhos por mim.

Comentários

  1. Essa é uma dor na alma, lindamente descrita, mas até ela o tempo apaga. Um dia, outra carta dará conta disso.

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