Resenha | Inteligência Humilhada - Jonas Madureira
Inteligência Humilhada é uma obra incrível, de um autor ainda mais
incrível, que me fez companhia nas últimas semanas. Destrinchando a
ideia de que diante de Deus não há pensamento algum relevante o
suficiente para que seja dito, Jonas nos apresenta uma série de razões
para entendermos que sendo nossa inteligência proveniente de Deus, é
apenas Ele quem pode nos dar acesso a todo tido de conhecimento racional
que seja verdadeiro. Como universitária, é um tema que me chama muita
atenção, pois sempre enxerguei o conhecimento acadêmico distante do
conhecimento de Deus e isso é um grande engano! Amante do entendimento,
senti-me muito atraída por todos os pontos abordados e um deles trarei
aqui para que lhe sirva de estímulo.
Madureira explora a origem da
palavra cosmo, do grego “ordem”, que significa “tudo o que ornamenta,
embeleza, organiza, oculta ou esconde o caos”. E ele faz uma analogia
bastante interessante desse conceito com o termo “cosmético”, que
designa “os produtos de beleza que prometem esconder o “caos” dos rostos
mais tristes”. Fazendo esse tipo de conexão com a vida real, essa obra
nos leva a pensar em diversos lugares de nossa humanidade que podem – e
devem – ser submetidas a uma obediência absoluta. Mesmo sabendo que essa
obediência leva a rupturas, ou seja, a sofrimentos.
Uma das
conclusões a que se chega nessa leitura é a de que a esperança gerada
por uma inteligência que se humilha ao domínio e senhorio de Jesus, nos
leva a paz. No entanto, sem o conhecimento adequado de Deus, não podemos
sair da ignorância de nós mesmos. Então como entregarmos nossa vida,
que não conhecemos, a alguém que não sabemos quem é? E é através da
revelação bíblica que temos explicações antropológicas adequadas
relativas a nossa realidade. Somente Deus nos enxerga face a face, nós
só o podemos fazer mediante utilização de outros recursos, como um
espelho ou uma fotografia. E a busca pela verdade é uma coisa que o
próprio Deus coloca me nosso coração para que O busquemos.
Portanto,
para que nosso mundo interior esteja em ordem, em paz, é importante que
sejamos feridos pela Palavra, que tenhamos em nossa carne um espinho
que nos lembre a todo momento a graça que nos dobra.
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