VIVIFICA: buscando na fonte | Livro de Rute

 Olá, leitores amados!

Nós iniciamos nesse mês um projeto de estudo bíblico com nossos alunos que nos acompanham, tanto pela plataforma de ensino quanto pelas redes sociais, em que estudamos juntos, em formato devocional, os livros da Bíblia. Começamos pelo livro de Rute e eu pedi aos alunos que quisessem escrever, que fizessem um resumo, um conto, uma resenha, uma análise crítica ou o que surgisse em suas imaginações sobre o livro estudado. E este aqui foi o resultado!

Todos os meses faremos o estudo de um novo livro e traremos aqui os textos produzidos pelos nossos alunos!

Espero que seja de utilidade da Igreja de Cristo e para o crescimento de todos!

Boa leitura!

Imagem: @dvdafer

Texto 1Resenha Livro de Rute

O livro de Rute é muito mais que só uma história entre sogra e nora. É muito mais que apenas a história de uma mulher cuja descendência está o rei Davi e o Rei dos Reis, isso é graça! Afinal, sua historia passa longe da realeza. Começa em terras estrangeiras, com outros deuses, uma família fugida que deveria ser temente a Deus, mas não o é, um marido morto e uma sogra amarga e reclamona por sua própria desobediência.

É difícil ampliar a história e não levar para o lado romântico do relacionamento, mas a única parte mais romântica acontece no final e depende de um homem, não de duas mulheres. Dependeu também da humildade, serviço e obediência daquela que não conhecia nada sobre as Leis e sobre o Deus de Israel. Enquanto aquela que O conhecia, se lamentava a ponto de trocar seu nome.

Drama, romance, aventura, pode chamar do que for. Eu chamo de confronto. Confronto para as filhas de Deus, tanto na questão da feminilidade quanto no servir e obedecer. 

"Seu Deus será o meu Deus", talvez Rute não imaginava o peso daquelas palavras. Uma estrangeira sendo agora resgatada por um homem temente a Deus, a partir de sua fidelidade e compaixão. Boaz se torna a sombra de Jesus e nós deveríamos ser a sombra de Rute.

Afinal, não há benevolência sem responsabilidade. Não há resgate sem humildade.

Autoria: Carolina Meyer


Texto 2: A soberania de Deus sobre a vida de Rute

Ao ler o livro de Rute, é possível fazer um paralelo com o que vivemos nos dias de hoje e enxergar como a desobediência gera morte e a fidelidade gera vida.

Rute, uma estrangeira que encontrou a Graça de Deus mesmo estando, a princípio, longe Dele. Deus, o todo Poderoso, usa quem ele quer e da maneira que quiser para cumprir Seus planos.

Noemi, sogra de Rute, a princípio seria a “mulher de Deus”, mas que por não confiar na provisão e soberania de Deus, foge para uma terra estranha, Moabe, e, para se ver livre da fome, dá de cara com a morte de seu marido e filhos. Mal sabia Noemi que a sua desobediência e dor fariam com que sua nora estrangeira, Rute, fosse lembrada de geração em geração por sua honra e fidelidade.

Como provar disso se antes o próprio Deus não fizesse nascer isso no coração de Rute? Aquilo que se perdeu na vida de Noemi se encontrou em Rute. Uma história que mostra como Deus se encarrega de cuidar dos seus, a quem Ele mesmo elegeu e predestinou. O que era vil, Deus torna nobre. E assim como Deus enviou Jesus para nos resgatar, Deus envia Boaz, um homem piedoso, para resgatar Rute e sua sogra, apagando sua vergonha e trazendo festa aonde existia luto.

Como o próprio Deus move o coração de Rute ao ponto de ela honrar a sua sogra, lhe entregando seu primogênito, e com isso demonstrando que não existiam ídolos em sua vida, apenas um Rei e um Senhor.

Que possamos aprender com Rute como a honra e a fidelidade geram frutos que trazem vida e vida para a eternidade.

Autoria: Fernanda Miqueline


Texto 3: Encontrando graça, providência e redenção no livro de Rute

É comum ouvirmos dizer que Noemi, a sogra de Rute e Orfa, era uma sogra sábia e fiel que, mesmo em meio as situações que lhe acometeram, perdendo seu marido e seus filhos, continuou a ter uma vida piedosa de dedicação ao senhor! Mas analisando melhor o texto, percebemos que Noemi não foi fiel ao seu Deus nem ao seu povo, abandonando a sua cidade e indo para uma terra estrangeira onde as pessoas eram idolatras e adoravam deuses pagãos.

Noemi não foi sábia nos momentos de aflição e ainda demonstrou uma visão equivocada: acusou Deus de trazê-la de volta sem nada! O único momento em que Noemi agiu com sabedoria foi quando ajudou Rute se adaptar ao novo ambiente, instruindo-a quanto ao comportamento apropriado para ganhar o coração do seu senhor, Boaz, que seria seu futuro marido!

Mesmo com a infidelidade e a murmuração de Noemi, Deus não deixou de derramar sua graça bondosa e nem deixou com que parecesse, trazendo a provisão em sua casa! O que a história de Noemi pode nos ensinar é: mesmo que andemos em lugares estranhos e abandonemos o nosso Deus, por não confiarmos em suas promessas, devido a nossa murmuração e incredulidade, há tempo de se arrepender e experimentar da graça e misericórdia do nosso Deus que é totalmente sem medida!

Autoria: Erica Martins


Texto 4: Livro de Rute

Uma família, composta por quatro pessoas deixa sua cidade num momento em que havia fome na terra (JZ 17:6). Na saída de Elimeleque de Belém com sua família, ele não lembra da história dos seus antepassados, de como Deus providenciou e o quanto é perigoso confiar no que temos e no que vimos e ouvimos.

Não temos relatos de oração nem do patriarca nem da matriarca, ou seja, ambos não buscaram orientação em Deus. Pouca confiança resultou em nenhuma dependência Naquele que escreve a história.

Eles vão morar na terra dos Moabe. Os moabitas são da descendência de Ló, que o Senhor proibira de entrarem na assembleia por virem de uma união ilícita (DT 23:2-6). A terra de Moabe estava abençoada pela graça comum, tinha fartura aos olhos deles. Se a família de Elimeleque tivesse aprendido com a história de Israel, saberiam que procurar comida fora da "terra do pão" (Belém) é sempre um problema.

Morre o primeiro provedor. O tempo passa, os filhos casam-se com mulheres moabitas, e o que estava ruim só piora. Já se vão dez anos e, sem deixar descendentes, os dois filhos também morrem, os últimos provedores.

Três viúvas ficam sozinhas! E então Noemi reconhece o Senhor. Ao se recusar a voltar para Deus, o resultado foi só dor.

Orfa concorda em voltar, Rute insiste em ir com a sogra, que por si só troca seu nome, de "agradável" para "amarga". E ela volta para a terra do pão, não por saudade do Pai nem dos irmãos, mas porque soube que Deus voltou abençoar o seu povo. Um vai e vem querendo fugir do sofrimento.

Rute, uma serva com fé no Deus vivo, que não vimos na sogra dela. Duas mulheres que enfrentaram a perda dos seus maridos, com comportamentos bem diferentes. Uma na sua dor se torna amarga, a outra serva. A escolha que eu faço em meio ao sofrimento mostra o meu caráter!

Rute, na sua dor, escolhe servir fora da sua terra e de seu povo, não se importando com os perigos. Ela não só escolhe ficar com Noemi, mas também com o povo e com o Deus de Noemi.

Na sua fidelidade, ela encontra o favor de Boaz um homem temente a Deus. Conhecendo a história da sua mãe, Raabe, ele demostra piedade para com Rute, que segue firme no seu propósito com sua sogra. Se humilha e não murmura, obedece e não reclama, frutos do seu caráter transformado. Podemos dizer que ela foi a serva boa e fiel (MT 25:23), pois serviu no pouco e no muito ela foi colocada na genealogia do nosso Senhor Jesus!

Vimos na vida de Rute a graça comum e a graça que salva!

Autoria: Nadja Santos


Texto 5Resuminho da série em Rute

Apesar de ter apenas quatro capítulos, o livro de Rute é muito rico! 

Nele, vemos a desobediência e infidelidade de Noemi e Elimeleque, que em um período de escassez abandonam a cidade de Belém para habitar em Moabe, entre um povo pagão e inimigo do povo de Deus. Cerca de 20 anos depois, Noemi volta à Belém com sua nora Rute, que estava decidida a não deixar sua sogra sozinha, mas ficar com ela até o fim. 

Ao chegar na cidade, o povo a reconhece e ela descobre que seus bens permaneceram como ela e Elimeleque haviam deixado. Mas Noemi não expressa nenhum tipo de gratidão a Deus, pelo contrário, Noemi lamenta a morte de seu marido e de seus dois filhos. Ao invés de buscar consolo de sua dor em Deus, ela escolhe se queixar para todos ao seu redor. 

Ela lhes dizia: “Não me chameis Noemi, chamai-me Mara porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Cheia parti, porém vazia o SENHOR me fez tornar; por que pois me chamareis Noemi? O SENHOR testifica contra mim, e o Todo-Poderoso me tem feito mal”. 

Olhando para as catástrofes sobrevindas em consequência da desobediência (sua e de seu marido), ela declara que é uma mulher amargurada, conta a todos que a mão de Deus havia se voltado contra ela e passa a falar apenas das desgraças que lhe sobrevieram. É verdade que Noemi e sua família colheram o amargo fruto de sua desobediência. Mas Noemi estava cega para enxergar uma coisa: A bondade de Deus para com ela, mesmo em meio ao “caos”! Deus poderia deixar Noemi voltar sozinha, ser assaltada no caminho, chegar em Israel após a colheita e passar verdadeira necessidade, Deus poderia ter deixado sua propriedade ser invadida e permitido que Noemi morresse de fome e solidão. Ainda assim ele continuaria sendo Deus.

Noemi não viu a mão de Deus lhe providenciando uma amiga disposta a morrer por ela se fosse preciso, não percebeu que Deus lhe deu uma nora que era melhor do que sete filhos, nem viu a mão de Deus guardando ambas durante toda a viagem, ou fazendo com que chegassem justamente na época da colheita (protegendo-a da fome). Ela não viu que Deus protegeu seus bens durante cerca de 20 anos. Precipitadamente Noemi declarou-se amargurada apenas para futuramente ouvir suas vizinhas bendizerem a Deus, pela providência dEle em sua vida, pois Noemi se torna avó e recebe o privilégio de criar e educar seu neto como seu próprio filho. O neto/filho de Noemi é o pai de Jessé, que gerou a Davi (Rute 4.14-17).

Assim como Noemi, às vezes ficamos cegos para ver o amor e a bondade de Deus em nossas vidas. Num instante esquecemos de seu precioso Evangelho e de tudo que Cristo nos conquistou naquela Cruz. E em vez de darmos graça por tudo que temos, passamos a reclamar por aquilo que não temos.

Que O Senhor tenha misericórdia de nós e que a partir de hoje abra os nossos olhos para enxergarmos as realidades Eternas e nossos lábios para louvarmos a Ele mesmo em meio as dificuldades. Que ao abrir os olhos todas as manhãs, enxerguemos Cristo crucificado em nosso lugar, e demos graças a Ele por todos os benefícios que nos tem feito, sabendo que ao tomar a cruz todos os dias, chegará o dia na eternidade em que receberemos a coroa da vida.

Louvado seja Deus!

Autoria: Hélida Machado


Texto 6: Uma carta para Rute

Querida Rute,

Escrevo esta carta, com alegria em meu coração, pois chegou até a mim boas novas a seu respeito. Quem poderia imaginar que o destino te reservara coisas tão grandiosas!

Lembro-me de você, uma moça simples, sempre tão dedicada e com um coração disposto a servir. Sua trajetória nunca foi fácil, me perguntava o porquê de uma jovem bondosa e tão leal pudesse experimentar provações tão severas. Primeiro a infertilidade e depois a perda de seu marido. Uma sequência de tragédias que deixaram você e sua sogra desamparadas.

Foi triste vê-las partirem sem esperanças por aquela estrada. Noemi, uma mulher tão amável se tornou alguém amarga e infeliz. Disseram que ela tentou convencê-la a retornar, mas as suas palavras ecoaram como uma declaração de amor a alguém que tanto quer bem. Seu amor chega a constranger! Imagino que sua chegada na terra dos israelitas, mais conhecidos como o povo de Deus, não tenha sido fácil. Bem sei o quanto somos mal vistos aos olhos deles, o passado de nosso povo nos condena! Contudo, você foi capaz de tomar decisões certas em tempos difíceis. Recomeçar exige muita humildade, ainda mais quando há tantos erros cometidos no passado. Mas aprouve o Deus de Israel se compadecer de vocês. Veja, um remidor bondoso e benevolente te resgatou! Sei que tudo isso faz parte de um grande plano arquitetado por um Deus soberano. Uma mulher estrangeira, peregrina em terra estranha, cuja sorte estava selada pelas circunstâncias, pôde ver a mão do Altíssimo guiando e escrevendo sua história. Ao ouvir esses relatos me regozijo com o coração cheio de esperança. Posso dizer que não se ouviu, nem com os ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além do de Israel, que trabalha para os que nele confiam e esperam. Rute, sua história me marcou e me fez crer que esse Deus pode mudar não só a minha história mas a de quem Ele quiser se compadecer; resgatando, redimindo e nos fazendo povo seu!

E por último e não menos importante, parabenizá-la pelo nascimento do seu bebê, Obede. Que é aquele que serve ou que adora. Que Deus seja louvado através da vida dele e tenho por certo que a sua descendência será bendita!

Cordiais saudações,

Sara Alvarenga

Autoria: Sara Alvarenga

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